sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Relação do Álcool com a Obesidade e Minhas Corridas


Saudações...


Outro dia estava olhando umas fotos antigas e reparei o quão íntimo era com a bebida. Não que eu fosse um bêbado incondicional pelo contrário, depois que casei e os filhos vieram sempre bebi de forma moderada, apenas socialmente e mantendo a compostura.

Happy Hour em algum bar lá pelos idos de 2004
Nos churrascos nunca pôde faltar aquela cervejinha gelada. Nas festas, vinho e whisky estavam sempre no copo. Várias são as fotos de eventos no passado onde me encontro com copo na mão e o líquido ali com certeza não era guaraná ou água mineral.

Não sou moralista e também hipócrita. Não estou aqui para dizer que a bebida faz mal, que não devemos beber e dirigir e outras coisas do gênero. Isso a mídia já faz por nós. A intenção hoje é justamente comentar que se você quer emagrecer, a forma mais fácil de começar é justamente diminuindo o consumo de bebida alcoólica  No caso da cerveja, quando diminuí o consumo cheguei a duas conclusões que não precisei de nenhuma literatura especializada para transformá-las em realidade:

1 - Diminuindo a cerveja, diminuí o consumo de calorias desnecessárias e de gás desnecessário. Quando passei a fazer isso, desinchei, me senti mais leve e também melhor.

2 - Diminuindo a cerveja, diminuí também o consumo de quitutes e salgadinhos que normalmente acompanham a bebida. Amendoins, pastéiszinhos e outras coisas do gênero.

Ou seja. Se a pessoa quer emagrecer, independente se vai fazer cirurgia bariátrica, se já fez ou se jamais irá fazer, o primeiro passo para isso é diminuir, senão cortar, a bebida alcoólica.

Gostava (e ainda gosto) de experimentar várias cervejas
Ok, falei um monte até agora, estilo lição de moral mas o que tudo isso tem haver com a pessoa que se sujeitou a passar por uma cirurgia bariátrica!? Vamos realmente ao que interessa.

A cirurgia bariátrica tem como objetivo diminuir a capacidade do indivíduo em absorver os nutrientes necessários para sobreviver. O contato da comida e bebida com a parede estomacal é muito menor do que em uma pessoa comum. Com isso, muitas vezes os bariátricos estão muito mais propensos a "aguentar" mais a bebida. Estão muito mais propensos a beber mais sem encher a cara e intimamente ligado a este caso, estarão muito mais vulneráveis aos petiscos servidos como acompanhamento e quem não diria também aos males do cigarro (sim, pois bebida + cigarro andam juntos).

Depois que eu operei em 2008, só fui poder ingerir bebida alcoólica cerca de 7 meses depois. Foi na virada do ano quando a nutricionista havia me liberado para tomar uma taça de champanhe para comemorar. Lembro que até então, não tinha tomado nada de gás. Refrigerante, cerveja ou espumante, independente do que tivesse sido, só fui colocar, na boca, gás de bebida no dia 1º de janeiro de 2009. A sensação não foi muito boa. Sentia um grande desconforto com o gás descendo na goela e para tomar um copo apenas, era complicado.

Em 2006, não estava bebendo na foto mas a festa teve bebedeira! :)
Enfim, depois do ano novo a nutricionista me liberou para tomar refrigerante e aí voltei a consumir bebida com gás mas de forma bem moderada. Muito diferente daquele Guilherme que a um ano atrás podia beber 2 litros de refrigerante sozinho sem problemas nenhum.

Durante o ano de 2009 voltei a beber a minha cerveja no final de semana quando fazia churrasco assim como durante os aniversários e jantares de família. Como qualquer "adulto" sedentário faz, na maioria das vezes. No começo, lembro que por ter passado tanto tempo sem beber, uma única latinha de cerveja já me deixava "alegre" e se tomasse duas então, era quase um coma alcoólico  :) Depois de um tempo, notei que ao "acostumar o cérebro" com os efeitos do álcool, eu podia beber mais do que normalmente consumia antes de operar. Na virada 2009/2010, estávamos na praia e graças a São Pedro cooperar com as férias, deu para aproveitar um belo sol, regado a cerveja e durante todo o 31 de dezembro, tivemos um consumo "exemplar" de whisky + energético que deixaria qualquer dono de bar feliz da vida se estivessem servindo a nossa mesa.

Para quem é um grande apreciador, isso pode parecer ótimo. Imagine você poder beber um monte e só absorver um pouco do álcool. Dá quase para se sentir um "Capitão América" que podia beber, beber e não ficar bêbado. O problema é que a quantidade de calorias que a gente absorve fazendo isso é demais e não são poucos os casos de ex-obesos que reclamam que voltaram a engordar "sem nenhuma explicação", quando na verdade o principal motivo não está na alimentação em si, mas sim na bebida consumida.

Depois que comecei a correr, em 2010, meu consumo de bebida alcoólica diminuiu drasticamente. Não porque virei adepto da vida saudável mas porque a cerveja acabava me desidratando, diminuindo meu rendimento durante os treinos. Quando comecei a correr, não apenas cortei em 95% a bebida alcoólica mas também outras tantas "porcariadas" que acabamos comendo. Como disse no começo do post, não estou aqui para ser moralista para dizer que devemos cortar isso ou aquilo e nem hipócrita em dizer que não bebo mais. Eu bebo sim e o vinho é um bom exemplo do que costumo consumir. Normalmente tomo com minha esposa, em casa, e ele inclusive ajuda quando consumido de forma controlada na recuperação durante os treinos. Já whisky, bom, este ultimamente eu tenho em casa só para enfeitar a estante e dar de presente em aniversário.

Lá por 2005, tomando só um copo de cerveja.
De qualquer forma atualmente não bebo mais como bebia nos tempos áureos de solteiro ou mesmo antes da cirurgia. Hoje, uma lata de cerveja já é o suficiente para mim e um ou dois cálices de vinho já estão de bom tamanho. O bom disso é que não me sinto inchado e também sei que assim contribuo com minha saúde. Outro grande detalhe é que como estou a muito tempo sem beber regularmente, qualquer copinho de cerveja já é o suficiente para me deixar pra lá de Bagdá.

Outro grande motivo para maneirar na bebida é a questão do exemplo em casa. Correr e me exercitar começaram também porque queria mostrar aos meus filhos que existe vida fora de casa e além do computador. Deixar de ter cerveja na geladeira também é uma forma de mostrar que a vida não é feita apenas de "porres e ressacas".

E por último, porém não menos importante, continuo a insistir na tecla de que, se você é um bariátrico, consulte regularmente seu nutricionista e seu médico e mantenha-os a parte que você está consumindo bebidas alcoólicas e gaseificadas. Com certeza o papel deles será de advogado do diabo dizendo que não deverão fazer isso e blá blá blá, mas pelo menos você não poderá dizer para si mesmo que "ninguém te avisou".


Abraços e até a próxima...

4 comentários:

  1. na minha opinião, o principal fator de emagrecimento foi eu ter parado de beber

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  2. Nunca bebi... e não gosto de nenhum tipo de bebida....

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    1. Faz bem Marlus! O negócio é ficar bêbado de serotonina mesmo! :)

      Abraços

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Desde já agradeço seu comentário!

Obrigado e até mais.
Guilherme Baron